A gota de suor escorre pelo rosto avermelhado. O brilho do Sol ofuscou a visão em vários momentos da subida, mas finalmente ele está lá, no topo.
Eles dizem que a montanha é sagrada. Ele não sabe se deve acreditar nisso, mas percebe a presença que o lugar transmite. É algo poderoso, que vai além de qualquer coisa que ele já conheceu. O Sol continua forte, brilhando alto durante aquela metade de dia.
O que ele consegue fazer é apenas olhar para o horizonte, para o seco verde das árvores. Ver a terra árida senda levada pelo vento. Ouvir as vozes e suas palavras misteriosas. Ver a Terra mudando.
O som de um pássaro pode ser ouvido por perto. E pelas suas costas um lobo se aproxima.
Flávio Moraes
(25/01/2013)
PS.: Escrito enquanto ouvia "Cherokee" da Cat Power.
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