segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Distante II

Passos, seguidos uns dos outros.
Caminhos que não mudam.
Árvores que parecem orientar seus observadores. 
Tempo que passa rápido e ninguém o sente.

Encontro você. 
Um sorriso em dois rostos. 
Dois caminhantes sem destino definido. 
Uma única história até que ela seja dividida.

As nuvens baixas trazem segredos.
O Sol não consegue aparecer. 
Tudo fica cinza, inclusive meus olhos.
Ninguém sabe o que pode acontecer. 

Distante, você estava tão longe.
Você está tão perto.
Distante, você continua tão longe.
Você nunca esteve perto.

Encontro você.
Olhares que não se encontram.
Dois caminhantes com destino definido, o fim.
As histórias já perderam o sentido.

Os passos continuam nos levando a algum lugar.
Os caminhos estão escuros e diferentes.
As árvores se calaram.
O tempo continua sem que ninguém o sinta. 

Um corvo se aproxima.
Eu sei o que ele quer.
Não é agora, mas ele vai esperar.
Seus olhos fitam minha alma.


Flávio Moraes 
(04/11/2013)

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